terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Geração Y e as adaptações dos hotéis


Jovens da “geração Y”, esses que não saem de casa sem seus smartphones, não usam a mesinha de trabalho em quartos de hotel. O dado faz parte da pesquisa “Os Millennials e a hotelaria”, realizada pela consultoria Mapie e divulgada em dezembro, sobre as preferências dos jovens de 15 a 30 anos quando o assunto é hospedagem. O estudo reflete uma mudança em curso em hotéis do mundo todo, que buscam se adaptar a esse público, cada vez mais presente.

O Pop Hotel, de Buenos Aires: ambiente descontraído Foto: Divulgação
Ambiente descontraído do Pop Hotel

O que se descobriu, após entrevistas com mil jovens brasileiros das classes A, B e C, entre abril e junho de 2012, é que este grupo de hóspedes está mais preocupado com design, praticidade e conectividade. Um hotel ideal dessa “geração Y” precisa ter, nesta ordem: decoração moderna, ampla disponibilidade de Wi-Fi e tomadas, produtos de qualidade nos banheiros, opções de alimentação orgânica, um lobby integrado com restaurante, bar conhecido e movimentado, aplicativos de celular para reservas e check-in, automação nos apartamentos, atendimento informal e espaço com vídeo games.

Atualmente essa faixa representa de 10% a 15% dos hóspedes das principais redes, mas em até dez anos essa geração será a majoritária. Por isso os hotéis precisam começar a se adaptar agora, considera Carolina Haro, sócia da consultoria e uma das responsáveis pela pesquisa.

Os processos de entrada e saída do hotel são os considerados mais “chatos” entre os jovens. Outro desejo revelado pelo estudo, os aplicativos de celulares para fazer reservas são uma aposta da rede Ibis, também pertencente ao grupo Accor, e a marca mais lembrada pelos jovens na pesquisa.

Entre as marcas que ainda não chegaram ao Brasil, Carolina indica a W e a Aloft, que têm no design arrojado suas marcas registradas. Voltada para um público com poder aquisitivo maior, a W tem planos de abrir suas portas por aqui e já conta com a simpatia dos brasileiros, que são 25% dos hóspedes da unidade de Miami, por exemplo. A Aloft se destaca pelo ambiente de festa nas áreas comuns.

Essa tendência de hotéis mais práticos, sem abrir mão de design e conforto, já vem sendo utilizada fora das grandes redes. O Pop Hotel, em Buenos Aires, tem clima descontraído, decoração inspirada na pop-art e cofres nos quartos com tamanho para guardar notebooks. A rede Ace, presente em cidades como Nova York, Palm Springs e Los Angeles, tem áreas comuns sempre prontas para festas e quartos com detalhes modernos e tecnológicos. E marcam pontos pela forte presença nas redes sociais.

Sites como Facebook e Twitter são apontados pelos jovens como a terceira melhor maneira de se informar sobre hospedagem, depois de indicações de parentes e amigos e sites especializados. O Facebook ficou em quinto entre os canais para reservar quartos, atrás de meios tradicionais.

O QUE OS HÓSPEDES QUEREM SEGUNDO A PESQUISA:

O mais importante:
1 - Localização
2 - Qualidade da cama
3 - Preço
4 - Qualidade do chuveiro
5 - Qualidade da conexão
6 - Internet gratuita
7 - Cordialidade da equipe
8 - Tamanho do quarto

O menos importante:
1 - Existência de spa
2 - Existência de business center
3 - Existência de academia de ginástica
4 - Mesa de trabalho no quarto
5 - Piscina
6 - Restaurante convencional
7 - Quantidade de canais a cabo
8 - Disponibilidade de room service 24 horas
9 - Qualidade da roupa de cama e banho
10 - Existência de banheira.

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