Até 2020, o Brasil quer estar entre os dez primeiros
destinos turísticos do mundo, disse hoje a presidente do Instituto Brasileiro
de Turismo (Embratur), Jeanine Pires. Os planos a curto prazo incluem aumentar
em 33% a receita derivada do turismo internacional em 2010, dos US$ 6 bilhões
arrecadados pelo setor em 2008 até US$ 8 bilhões, afirmou Jeanine.

A presidente da Embratur participou da 9ª Conferência Global
de Viagens e Turismo (WTTC, em inglês), que terminou hoje em Florianópolis.
Outro objetivo a curto prazo é potenciar as viagens internas dos brasileiros,
passando dos 163 milhões registrados em 2007, para 217 milhões em 2010.
Para atingir esta meta, um dos fatores que contribuirão será
a desvalorização do real em relação ao dólar, o que provocou uma queda de 32%
das viagens de brasileiros ao exterior até março de 2009, e uma redução de 6%
nas chegadas aéreas internacionais. Já as viagens domésticas mantiveram um
volume similar ao do primeiro trimestre do ano anterior.
Além disso, o Governo brasileiro prevê gerar 1,7 milhão de
novos empregos ligados diretamente ao turismo até 2010 - o que significará um
aumento de 28% frente aos atuais 6 milhões -, e somar um total de 7,7 milhões
no final do Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Brasil já se encontra entre os dez principais destinos que
mais emprego geram no setor turístico: nos diretos, ocupa o quinto lugar,
enquanto nos indiretos fica em sétimo, ressaltou Pires.
O quarto objetivo é ter em 2014 (ano em que o Brasil sediará
a Copa do Mundo de Futebol) 65 destinos indutores do turismo de qualidade
internacional.
Ao contrário de outros países, o turismo no Brasil não tinha
sido afetado pela crise econômica até março, segundo a presidente da Embratur,
que destacou a grande afluência de visitantes argentinos, com um aumento de 14%
até fevereiro, e dos próprios brasileiros, cuja alta no número de viagens foi
de 12% no mesmo período. Também destacou que, apesar de os americanos terem
viajado menos a todos os destinos, as viagens desses a países da América do Sul
e da África aumentaram 0,4%.
Já a queda de viagens no mercado europeu acabou afetando o
Brasil. A redução deve ficar entre 6% e 8% (motivo pelo qual a Embratur lançou
uma campanha de promoção dirigida a oito países europeus), além de três
sul-americanos e dos EUA, com um investimento de 28,6 milhões de euros, similar
ao do ano passado.
Devido à crise, as previsões de Pires para o fim deste ano
são de manter o mesmo volume de turistas, mas aumentar a receita, já que a
estadia média cresceu e passou de 18 dias. No entanto, o resultado do primeiro
trimestre do ano representou uma queda anualizada de 12% na receita decorrente
do turismo estrangeiro, até US$ 1,4 bilhão.
O gasto médio diário de lazer por turista oscila entre US$
90 e US$ 100, enquanto entre os de negócios chega a US$ 300, apesar de a
estadia no país ser mais curta.
No segmento de convenções, o Brasil conseguiu se situar em
2008, pelo terceiro ano consecutivo, entre os dez primeiros destinos, passando
do oitavo ao sétimo lugar mundial, ranking liderado por EUA, Alemanha e
Espanha. Por cidades, São Paulo saltou de 23º para 12º, em uma lista liderada
por Paris, Viena e Barcelona.
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